As viagens, sobretudo, as internacionais, produzem no viajante mudanças físicas e e ambientais que podem perturbar de forma significativa o equilíbrio existente no indivíduo. A súbita exposição a mudanças de altitude, humidade, temperatura e até da flora microbiana podem alterar o estado habitual de saúde do viajante. Os riscos associados às viagens são influenciados pelas características do viajante (idade, sexo, estado de saúde) e pelas características da viagem (local de destino, objectivo e duração da estadia). Um planeamento cuidadoso da viagem que inclua as medidas de prevenção apropriadas e a execução das precauções necessárias reduz substancialmente os riscos para a saúde.
Os destinos com padrões elevados de alojamento, de condições de higiene e de qualidade de água, de cuidados sanitários e de assistência médica, apresentam riscos mínimos para a saúde do viajante, excepto se este for portador prévio de alguma doença. Também o seu comportamento em viagem é outro aspecto importante. Por exemplo, sair para a rua ao entardecer (quando os mosquitos estão mais activos) numa área endémica de Malária, sem se tomar as devidas precauções, pode resultar numa infecção por malária. A exposição a certos roedores, insectos, o consumo de água ou alimentos contaminados, associados a uma assistencia médica deficiente, pode causar certas doenças ou causar sintomas mais ou menos desagradáveis e/ou perigosos consoante a pessoa em causa. Uma consulta médica poderá ser fundamental na avaliação do risco e na profilaxia (vacinação e medicação), quando se viaja para determinados destinos.
Junto aos artigos pessoais, há que Não Esquecer um Estojo Médico, o qual deve incluir medicamentos básicos para o tratamento de afecções comuns, artigos de primeiros socorros e alguns medicamentos mais específicos, sobretudo se for portador de uma doença crónica. Doenças cardiovasculares, doenças renais, doenças intestinais, anemias, doenças respiratórias são estados patológicos que aumentam os riscos para a saúde durante uma viagem, pelo que esta deverá ser bem planeada. Assim, por exemplo, um diabético deverá levar tiras de controlo, lancetas e insulina em quantidade suficiente para o tempo de estadia e a contar com possíveis imprevistos (existem bolsas que sem necessidade de ir ao frio, permitem a conservação da insulina à temperatura ambiente – consulte uma das nossas Farmácias). Deverá, ainda, levar mais do que um aparelho de medição da glicémia, e pilhas suplentes, para o caso de perda ou avaria.
Também as crianças têm necessidades particulares, pois são mais susceptíveis às mudanças de ambiente (altitude, clima), às doenças infecciosas e à desidratação. Certifique-se que leva a sua alimentação habitual, medicamentos sos em quantidade suficiente para a duração da viagem e fazer face a imprevistos.
O seu Estojo Médico deverá conter (de acordo com o destino e com as necessidades individuais):
(peça ajuda a uma das nossas Farmácias)
E lembre-se que todos os medicamentos e dispositivos necessários deverão ser transportados na bagagem de mão para minimizar o risco de perda dos mesmos.
Tome note que o viajante é o principal responsável pela viagem que vai efectuar pelo que deverá informar-se, reconhecer e aceitar os riscos envolvidos, procurar aconselhamento médico, aderir à vacinação recomendada e à medicação prescrita e aconselhada. Boa viagem!
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